Oi, voltei a escrever!
Frase boba para um começo de texto, mas me fez pensar bastante nos últimos tempos. Acontece que escrever é uma das coisas que eu mais gosto de fazer, e então a pergunta: POR QUE EU PAREI?
Essa pergunta não é exclusividade minha. Não sobre escrever especificamente, mas por que, depois de um tempo, a gente vai parando de fazer o que gosta?
Você já se pegou em um dia da vida, sentado comendo coxinha na casa da sua avó (hipoteticamente, não que tenha acontecido comigo), e parou pra pensar em quem você se tornou? Tá, talvez não comendo coxinha na casa da sua avó, mas tomando um banho, ou caminhando atoa na rua, ou tipicamente naquele momento pré-sono em que tudo o que a mente faz e pensar no passado e futuro incessantemente…
E aí fica aquele pensamento atordoado “SERÁ QUE EU ME PERDI DE MIM?”, ou “CARALHO, QUANDO FOI QUE EU ME PERDI DE MIM?”
Ah, o lindo desespero que acomete, ou pelo menos em mim se instalou, é indescritivelmente perturbador. Então, quer saber se eu pirei? Eu pirei sim, eu surtei, enlouqueci totalmente. Onde já se viu, eu que sou eu não era mais eu. Mas gente, cadê eu que não em mim?
E aí sei lá, a gente pensa, repensa, pensa de novo e mais uma vez… A gente muda, a gente cresce, cria responsabilidades e expectativas, passa por frustrações, percebe coisas sobre a vida que não se explica a outras pessoas, e aprende coisas que fazem as entender… A vida acontece, e às vezes a gente se perde não de si, mas no meio dela!
No meu caso, a minha vida de criança, imaginando um futuro extraordinário, sendo sei lá o que, morando sei lá onde, não aconteceu como nos pensamentos. No lugar eu tive coisas melhores, coisas piores e coisas iguais, mas desde criança, lá naquele início, eu também gostava de escrever.
Nem tudo saiu como o planejado, mas por que parar com algo que eu gosto e pertence a mim? Isso me ajudou! E me ajudou de uma forma tão grande, que eu fui buscar outras coisas minhas que eu havia esquecido que tinha.
A gente às vezes se perde mesmo na vida, se desencontra de si, mas quando encontra de novo, lá nas coisas do eu que a gente abandonou com o tempo, por preguiça ou mesmo por esquecimento, há uma motivação amais, só por se ter por perto, e isso é impagável.
Hoje eu não escrevi nada engraçado, só me deu vontade de voltar a cultivar das coisas que eu gosto.
E daí, sobre a pergunta lá de cima, então, no fim eu nem sei o motivo que de fato me fez parar de escrever, eu só sei que é isso. Eu voltei a escrever! (E eu me sinto melhor assim).
Para ouvir enquanto digere esse texto:
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